quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Poesia da Vida

“Ser ou não ser?” um cachorro!

Às vezes eu queria ser um animal!
Um cachorro, por exemplo, que deitado
Ali em frente da casa que não é sua
Olha para o nada, a procura de não sei o quê,
Mas que não me parece solução racional.
Do tipo, pagar suas contas. Sabes por quê?

Porque suas contas não vencem amanhã.
Até porque não tem contas!  E nem faz conta
Que sem contas, nada contra, tudo conta a seu favor.
Não se aborrece com vizinhos e suas risadas
Ou entristecesse com as atrapalhadas do amor.

Mas, também, às vezes não queria sê-lo.
Porque às vezes me vejo a detê-lo.
Privo-o, com um alto grito, seu sono,
Enxotando, que dorme, o amigo do homem
Aqui em frente da casa da qual sou dono
De repente não o vejo.  Em disparada, somem.

“Ser ou não ser?” um cachorro!
Que difícil decisão ser, por mim, tomada.
Não pagar contas, dormi despreocupado,
Ou, de súbito, de mim levar uma pancada!

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