quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Poesia da Vida


Ferra no Marajó


No curral o gado,
Na mão o laço,
Numa cabeça o laço gira,
Noutra cabeça o laço para.

No chão o bezerro muge,
Na mão o ferro arde,
Na pele a dor que surge,
Neste triste fim de tarde.

O pelo queima, a pele fere,
Pelo ar um cheiro forte.
O bicho treme e geme
Pensando que é a morte.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Outras Histórias Marajoaras


Outra história de matintaperera

Sempre escuto por aí muitas histórias sobre matintaperera. Que uma foi buscar tabaco na casa de fulano, depois que ele a ouviu assobiar em cima de sua casa. Que outra, perdida deu de cara na fiação elétrica e foi internada  lá na cidade Soure. Que pegaram uma quando a viram, no início do processo de transformação, se enrolando num campo de futebol lá em Salvaterra. Mas essa que lhes contarei aconteceu numa localidade aqui em Cachoeira do Arari. Além de interessante é muito divertida.
Eram dois irmãos. Vou chamá-los de João e Maria em  homenagem àqueles personagens daquela famosa historinha infantil e, também, porque conheço duas crianças muito próximas com esses nomes. Ela três anos mais velha que ele. Crianças com cara de crianças marajoaras, corajosas e destemidas, porque se não fossem essa história não aconteceria.
Eles tinham uma avó que todos diziam se tratar de uma matintaperera velha. Uma senhora acima de qualquer suspeita. Cuidava de todos da casa, ensinando os valores familiares, ia para igreja aos domingos e participava de todas as festividades dos Santos. Além disso, sabia fazer remédios caseiros, garrafadas milagrosas, uma pessoa acima de qualquer suspeita incapaz de fazer mal a qualquer ser humano.
Sempre que as duas crianças ouviam alguém, um colega do grupo onde estudavam, por exemplo, mencionar que sua avó era matinta, procuravam defendê-la, dando toda aquela justificativa que citei no terceiro parágrafo dessa história. Entretanto, ficavam com aquela dúvida. Será que nossa avó é uma tintaperera, Maria? Indagava o irmão mais novo.
Num determinado tempo, já era corriqueiro os boatos sobre a velha. Todos os dias, as pobres crianças ouviam duas  ou mais piadinhas. Quando é que tua avó vai visitar as setes cidades próximas daqui, Maria? Ou. É verdade que quando ela vai virar matinta ele tira a cabeça e a coloca sobre a mesa? Ou.  Ela usa um apito de juiz de futebol para dar aquele assobio medonho? Ou ainda. Lá vem os herdeiros da matinta! Até que um dia resolveram tirar a prova, toda dúvida que eles tinham a respeito da avótinta. Bolaram, então, um plano:
- Joãozinho, vamos ficar de vigia! Cada dia um de nós fica acordado até meia noite para ver se a vó vira mesmo matinta. – É que dizem que a matintaperera começa seu processo de transformação nesse período das onze e meia para meia-noite. E só volta cinco da manhã –. O  plano da menina estava correto. Lá pelo terceiro dia de vigília, Maria ouviu sua avó se mexendo na rede e logo se pegou a observar o movimento. A velha levantou da rede. Maria bateu na rede do irmão que dormia o sono dos justos.
- A vovó se levantou. Murmurou a menina. Vamos seguir ela! Fizeram. A velha desceu a escada da cozinha que dava acesso ao terreiro. Olhou para os lados, como estivesse averiguando se não havia ninguém a observá-la. É agora Maria que ela se transforma, é agora Maria. Dizia aflito, porém bem baixinho, o menino. A velha se pôs atrás de um limoeiro baixinho e frondoso. É agora Maria, é agora! Não parava de falar o moleque. A velha, então, arriou as calças e pôs-se a urinar. Começaram a rir. Rápido a senhora levantou e foi ter com os moleques.
- O que é que vocês estão fazendo? Indagou a velha com um olhar sério no rosto.
- Nada, vó! É que eu tava com vontade de fazer xixi e chamei o Joãozinho pra vir comigo.
- Então façam as suas necessidades e entrem logo! Disse a velha.
Os dois urinaram sem ter vontade de urinar e entraram. Não foi desta vez que viram a avó se transformar e quem sabe um dia veriam.
Passaram-se dias. Já estavam cansadas de vigiar a velha e nada. Maria comentou:
- Não vou mais vigiar a vovó! Ela não é matinta não, João! Ela não é!
- É! Eu também acho que não. Confirmou o menino.
- Vamos deixa a vó em paz!
- É mermo, irmã!
E assim fizeram.
Longo tempo se passou, até que numa noite Joãozinho ouviu a velha se mexer na rede. Ela sentou-se na rede e começou a murmurar, bem baixinho, algo como se fosse uma oração. A velha pegou suas sandálias e as cruzou, deixando-as debaixo da rede. Saiu pé-a-pé, que nem dava para ouvir o ranger das tábuas do assoalho velho. Rumou para a porta da cozinha. Joãozinho bateu na rede da irmã e os dois observavam o movimento da velha. A senhora dirigiu-se em direção à porta da cozinha novamente, desceu a escada e rumo para o terreiro. De vez em quando dava uma olhada para trás. Se dirigiu para debaixo do lavatório. Sem nojo algum começou a se rolar naquela lama fétida – água suja, pois toda a lavagem cai ali –, dando  início ao processo de transformação em matintaperera. Não me perguntem como sei disso, mas é esse o processo. Depois de se sujar bem na lama ela começou a girar e a se debater no chão. Enquanto isso as duas crianças escondidas, observavam pasmadas a avó fazendo toda aquela “misura”. Entretanto não esboçavam nenhum sinal de medo ou pânico. A cada giro que a velha dava no chão ia aparecendo alguma coisa em seu corpo. O cabelo já estava grudado no rosto como se fosse uma máscara negra, as unhas imensas e negras pareciam navalhas. Surgiram debaixo dos braços duas imensas asas que pareciam ser feitas daquela lona preta usada para proteger coisas da poeira. As asas chegavam ao pé daquele monstro, metade pessoa, metade bicho.
Quando estava pronta e aplumada para levantar voo, de súbito, Joãozinho pulou e subiu nas costas da velha e foi logo dizendo.
- Se a senhora vai visitar as setes cidades hoje, eu vou com a senhora!
A matinta surpresa olhou para o menino e respondeu:
- Não, meu neto! Você não pode ir comigo.
- Como não?
- Não tá vendo como estou? Tu não tem medo? Eu faço isso porque eu não tenho escolha! É o meu fado que tenho que carregar.
- Olha vó! Disse o menino. Eu não quero nem saber de fado, só sei que a senhora vai visitar as setes cidade mais próximas daqui e se senhora não me levar, eu vou contar para todo mundo que a senhora é matintaperera. Ainda tem outra coisa. Depois que a senhora me levar, a senhora vai ter que levar a Maria que tá bem ali. Apontando com o indicador para a menina que estava ainda escondida.
A avótinta, vendo que não tinha nenhuma saída, teve que ceder ao pedido do neto. E assim foi. A velha levantou voo com o neto nas costas. Ele ia em estado de graça. Mesmo sendo de noite ele conseguiu tirar grande proveito da situação e se divertiu a beça. Batia nas costelas da velha para ela voar mais rápido. Dava com os calcanhares no vazio da matinta para ela voar mais alto. Depois foi a vez da menina. Foi a mesma emoção e alegria.
Agora todas as vezes que a avótinta tem que se transformar em matintaperera, e isso acontecem uma vez no mês, na lua cheia, ela tem que levar os netos juntos. Senão ela correr o risco de ser descoberta em seu segredo.
Ah! Ia esquecendo. Agora toda vez que falam mal de sua avó, as crianças nem ligam. Sentem até orgulho da avó, pois sabe voar e reparte, mesmo que forçadamente, isso com os netos.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

   
         A verdadeira história sobre o mapinguari

Existem várias lendas dentro do imaginário amazônico. Uma delas é muito presente na vida da população marajoara e também é objeto de estudo de muitos, principalmente, por parte de paleontólogos: a lenda do mapinguari. Quem ainda não ouviu falar? Criatura cuja existência pode ser considerada verdadeira pelo fato de existir registro, de mais 12 mil anos atrás, no período pleistoceno, da presença da preguiça gigante (Eremotheriumlaurillardi), por essa região amazônica.
No imaginário do homem marajoara, entretanto, o mapinguari é um ser protetor da floresta, que não tolera quem a maltrate, principalmente, caçadores cruéis, que não é o caso dessa história. Quando esse ser fica de pé pode chegar até três metros de altura, seus pelos vermelhos, suas garras afiadas, seus pés virados para trás, sua bocarra na barriga, são algumas das características dessa criatura ameaçadora a qual o povo nativo da amazônica aprendeu a respeitar e ter pavor. Embora com toda essa fama, o mapinguari não meteu medo no Compadre do Arruda. Isso mesmo! Ele teve a proeza de descobrir a verdadeira história desse ser místico. Ouçam só essa!
Já comentei em outras histórias que tanto o Compadre do Arruda, quanto o próprio, sempre foram chegados a uma boa caçada. Lembram-se da história da onça? Da lanterna de 72 elementos?Ou, ainda, daquelas caçadas que lhes contei? Pois bem! O compadre do Arruda estava numa dessas aventuras pela mata. Se não me engano estava no rastro de uns caititus. Já estava cansado e já era quase cinco e meia horas da tarde, período mais hostil da floresta, onde começam a aparecer muitas coisas estranhas e se a pessoa não for forte acaba ficando assombrada pelas coisas que ouve. Ele estava no rastro dos bichos desde as duas da tarde. Não suportava mais as dores nos pés. Resolveu, então, parar para dar uma descansadinha na beira de um lago, num lugar bonito, com muitas árvores ao redor. Ficou atrás de um dessas árvores. Tirou os sapatos e observou ao redor. Tudo estava na mais tranquilidade. Mais um segundo e o silêncio se quebraria. Ouviu um grito parecido com o de outro caçador, mas um grito estranho que um tremor tomou conta de seu corpo, que até se podiam escutar os estalos dos ossos, nunca tinha sentido aquela sensação da sua vida. Não pode ser outra pessoa! Não com aquele grito. Rápido se jogou o chão, em posição de um soldado preparado para uma batalha sangrenta, só que com muito mais medo. O que será? Pensava ele, agarrado a sua 20. A Coisa deu mais um grito. Ele, com instinto de caçador que tinha, resolveu espiar, pois se não fosse isso, tinha corrido com mais de mil dali, já que o grito do bicho fazia com que todos os animais se calassem. Não se escutava sequer um calango pisando sobre as folhas secas. Então, levado pela coragem, foi se arrastando, arrumando um ângulo que pudesse ver de que se tratava  até enxergar do outro lado do lago um bicho jamais visto. Animal que de longe lembrava um primata gigante. Tinha a cor escura e, agora, não parava de gritar. Ele ficou completamente apavorado vendo aquele ser, dando gritos sucessivos. Deve ser o mapinguari! Só pode ser o mapinguari! Nenhum caçador que ele conhecia, jamais tinha ficado frente-a-frente com o mapinguarie voltado para contar a história, ou era comido ou ficava com sequelas terríveis e completamente enlouquecido do juízo. Sabia que o bicho não suportava caçadores e devorava todos que pegava. É o meu fim! Pensava o compadre do Arruda.
Passados alguns segundos de sucessivos berros, o bicho deu uma parada. Estava em pé. Dobrou o pescoço de um lado para o outro como se observasse que não havia ninguém por perto. Ficou inerte por uns dois minutos. De repente saiu debaixo daquele monte de pele negra um homem, parecia de longe um índio, um índio muito velho, só uma folha cobria sua vergonha. O compadre ficou abismado com aquilo. O velhinho indígena tirou a folha que cobria suas partes íntimas e se jogou no lago. Ficou boiado, como se ali fosse uma piscina particular. Então, é tu o mapinguari! Disse bem baixinho o compadre do Arruda, com um pequeno sorriso no rosto.
Lembram que falei para vocês que com esses dois não dá para brincar. Logo na frente de quem o mapinguari foi se descobrir. Não teve outra. O Compadre do Arruda saiu bem devagarinho de onde estava, ia praticamente flutuando sobre as folhas e galhos, por entre as arvores, até chegar aonde a capa do mapinguari estava. O índio nem se dava conta de nada. Estava num banho delicioso que parecia estar em outro mundo. Nosso anti-herói observou aquela fantasia, diga-se de passagem, bem elaborada.  Era uma carcaça de uma anta gigante com uma cabeça seca enorme de um queixada, várias camadas couros de antas cobertos por fora com couro de porco-do-mato, as garras eram de onça pintada. Tinha ainda um megafone feito com três coroatás de inajazeiro. Tudo aquilo pesava mais ou menos uns 200 quilos. Como aquele velho índio conseguia carregar aquele troço? Isso sim era de meter medo! Estava escorado em uns galhos. Por isso que o bicho ficou parado por mais de dois minutos! Pensava ele. Então, sem pensar se meteu debaixo da roupa de mapinguari e se pôs a gritar o mais alto que podia. Quando o índio, que tomava banho no lago, viu sua roupa se mexendo e em berros não pensou duas vezes, nadou tão forte para o outro lado do lago, correu para dentro da mata e nunca mais se ouviu falar que o mapinguari comera algum caçador novamente.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

O retorno

Caros leitores e amigos, faz um tempo que não publico uma história, não que não quisesse publicar, mas  porque o tempo estava curto e eu estava finalizando outras histórias para o lançamento do meu livro. Mesmo com esse lançamento nunca deixarei de ser o escritor sem livro. As histórias que foram publicadas nesse blog e outras estarão no livro, outras histórias que virão ainda publicarei no blog, juntamente com outras poemas.
Um grande abraço!

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Outras histórias marajoaras

Não se meta na sorte alheia!


Seu Sumano, como bom  marajoara, sempre gostou de uma sesta depois daquele almoço reforçado, aquele “cardo” de peito de boi.  Pegava  sua rede, descia pra debaixo da  casa... É isso mesmo, não é metáfora não! É que aqui no Marajó, na região de campo dessa imensa ilha, a maioria das casas é do tipo “caneluda”, casas altas, onde uma pessoa  de certa altura pode andar tranquilamente debaixo sem encostar a cabeça no assoalho. Essas casas são construídas assim, porque no “inverno brabo” o campo é inundado pelas águas, por isso elas têm de ser bem altas.
Pois bem! Seu Sumano gostava de “tirar uma perereca” depois do almoço.  Não que fosse  preguiçoso. Longe disso. Era trabalhador. Mas moramos praticamente sobre a linha do equador, a região mais quente do planeta e  com esse tempo quente e abafado é quase que sagrado “esticar” um pouco as costas após a refeição principal do dia. Ele achava, e com toda razão, que depois de tirar leite da búfala, quatro e meia da manhã, fazer queijo, despescar a rede no rio, cuidar de porcos, galinhas, cavalos e muitas outras tarefas durante a parte da manhã, ele podia descansar um pouco. Vocês não acham também? Ele estava corretíssimo! Além disso, ainda tinha aquelas vacas fujonas que atrasavam seu trabalho rotineiro, pois tinha que  buscá-las em outras fazendas distantes da sua “Fazendola”. Ele tinha uma pequena propriedade, chamada Retiro Bom-que-dói.
No entanto não era o que pensava seu primo, conhecido como Tio Branco, “lá das bandas” da Capital do Estado. Ele achava que seu primo marajoara era muito acomodado e quem sabe, em seus pensamentos mais íntimos, um  preguiçoso.
Certa vez, quando Tio Branco veio de Belém com sua família no seu carrinho popular – e que aqui dizia “bão” – por ocasião do Círio do lugar onde morava Seu Sumano, chamou-o e lhe disse – usando logicamente um eufemismo – que  era preguiçoso.
- Primo, eu sou um cara trabalhador, não durmo depois do almoço, porque tempo é dinheiro! Tempo é dinheiro, primo!
Logo ele que também nunca foi chegado ao trabalho, tem as coisas porque herdou de sua mãe. Mas  Seu Sumano nem  ligou, ou melhor, nem entendeu a frase dita por Tio Branco, “tempo é dinheiro, primo”.
Durante o tempo que passou com primo, depois de um café da manhã,  regado a “coalhada”, queijo, ovos de galinha caipira, Tio Branco via seu parente sumir e só chegar na hora do almoço. Ficou inquieto ao ver todo dia a mesma cena: Seu Sumano descendo a escada de sua casa e atando sua rede para dar aquela sesta.
Certo dia vendo aquela arrumação voltou a insinuar dizendo:
- Primo, tempo é dinheiro, hein!
- Como assim Tio Branco?
- É fácil entender o que eu digo!
- Então diga homi!
- Toda vez que o senhor pega essa sua rede e vai se deitar, você poderia estar fazendo outra coisa, qualquer coisa pra aumentar sua renda no final do mês. Dormindo assim não vai ter dinheiro nunca!
- Não quero  muito dinheiro não, quero viver tranquilo. Acho que quem tem muito dinheiro nem dorme direito só pensando dele!
- Deixa de Besteira! Hoje só vive bem quem tem Money!
- Mã...  O quê? Que é isso já?
- Dinheiro meu primo, dinheiro, dinheiro!
Depois que seu primo Tio branca fora embora, o bom marajoara voltou a sua rotina de trabalho e nem pensou mais no que disse seu primo. Mas num dia, assim do nada, Seu Sumano se lembrou das ditas palavras: “tempo é dinheiro”. Ficou pensativo, refletiu, achou uma besteira  ganhar muito dinheiro, nem tinha como gastar tal fortuna. Desistiu de pensar nisso. Outro dia voltou a pensar. Se eu tiver dinheiro posso mandar um dos meus filhos estudar na capital, quem sabe Chiquinho não vira médico! Decidiu tomar a ideia de seu primo como fosse sua. A partir de amanhã não durmo mais depois da boia, mudou de atitude o homem.
No dia seguinte acordou esperançoso, com a mudança em sua vida. Fez todas as suas tarefas sempre na mesma sequência. Chegou a hora do almoço. Feijão da colônia com charque, bucho e tudo mais, carne assada de panela, apurada na gordura, arroz paraense. Acabou o almoço. Por força do bendito hábito pegou sua rede e quando ia descendo lembrou-se da mudança. Não, hoje não vou dormir! Vou arrancar umas “sarsas”, para plantar milho! Pensou alto Seu Sumano.
Deixou sua redinha e saiu para limpar uma área perto da casa, que ficava fora da cerca. Foi se arrastando, com o bucho “por ali”. Tirou uns dez pés ou um pouco mais que isso da planta cuja raiz e extremamente segura na terra. Tinha que fazer muita força. Quando, de repente sentiu fortes dores no estômago. Tentou se equilibrar. Sua vista escureceu.  Seu filho Chiquinho que olhava orgulhoso o pai do pátio de casa viu seu velho cair e chamou sua mãe. Correram pra lá. Tentaram reanimá-lo, contudo foi em vão. Ele pegou uma congestão tão forte que não resistiu e morreu logo em seguida.